Perfil dos hemofílicos de uma associação de pacientes de Brasília – DF, Brasil

Autores

  • Denise Rodrigues Holsbach Sartorelo
  • Daniel Benevides Ferreira
  • Larissa Castro Souza
  • Millena da Luz Soares
  • Leonardo Costa Pereira
  • Kerolyn Ramos Garcia

Palavras-chave:

Hemofilia, Distúrbio de coagulação, Profilaxia

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil de hemofílicos vinculados a uma associação de pacientes em Brasília - DF, Brasil. Método: Pesquisa transversal com amostragem por conveniência, realizada com 49 hemofílicos adultos, do sexo masculino, vinculados à Associação dos Voluntários, Pesquisadores e Portadores de Coagulopatias (AJUDE-C). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos. Através de um formulário foi coletado informações sociodemográficas e clínicas. A normalidade dos dados foi avaliada através do teste de Shapiro-Wilk. Resultados: Avaliaram-se 49 hemofílicos adultos com média de idade 37 ±8,4 anos, estando 43% na faixa etária de 30-39 anos. Predominou a raça/cor parda (49%), estado civil solteiro (61%), em atividade laboral (57%) e 53% residiam a menos de 30 Km do local de tratamento. Clinicamente, predominou a hemofilia A (79,6%), doença grave (77,6%) e o uso de profilaxia secundária (75,5%). Conclusão: Maior parte da amostra exerce atividade laboral. Esse fato pode ser explicado pela administração da profilaxia secundária e proximidade entre a residência/local de tratamento, mantendo os fatores de coagulação em níveis seguros, e dando capacidade de rápido atendimento em casos emergenciais, gerando maior autonomia nessa população.

Referências

Brasil. Manual de hemofilia. 2ª edição. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

Brasil. Perfil das Coagulopatias Hereditárias : 2016. 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2018, 57 p.

Donners A, Maarseveen E, Weetink Y, Amrani M, Fischer K, Rademaker C, et al. Comparison between coagulation factor VIII quantified with one-stage activity assay and with mass spectrometry in haemophilia A patients: Proof of principle. Int J Lab Hemato. 2020; 00:1–8.

Sayago M e Lorenzo C. O acesso global e nacional ao tratamento da hemofilia: reflexões da bioética crítica sobre exclusão em saúde. Interface. 2020; 24: 180722. doi: https://doi.org/10.1590/Interface.180722

Ljung R, Auerswald G, Benson G, Dolan G, Duffy A, Hermans C, et al. Inhibitors in haemophilia A and B: Management of bleeds, inhibitor eradication, and strategies for difficultto-treat patients. European Journal of Haematology. 2018.

Booth J, Oladapo A, Walsh S, O’Hara J, Carroll L, Diego DG, et al. Real-­world comparative analysis of bleeding complications and health-­related quality of life in patients with haemophilia A and haemophilia B. Haemophilia. 2018; 1-6. doi: https://doi.org/10.1111/hae.13596

Naous E, Moerloose P, Sleilaty G, Casini A, Khayat CD. The impact of haemophilia on the social status and the health‐related quality of life in adult Lebanese persons with haemophilia. Haemophilia. 2019; 1-6. doi: https://doi.org/10.1111/hae.13694

Kelley LA e Narváez AL. Criando uma Criança com Hemofilia na América Latina. Los Angeles: Baxter BioScience; 2006.

Moreno DP e Buitrago CL. Pain in hemophilia patients: Assessment and management in a fourth level hospital. Case series. Colomb Anestesiol. 2017; 1-6. doi: https://doi.org/10.1016/j.rca.2017.08.007

Cutter S, Molter D, DUnn S, Hunter S, Peltier S, Haugstad K, et al. Impact of mild to severe hemophilia on education and work by US men, women, and caregivers of children with hemophilia B: The Bridging Hemophilia B Experiences, Results and Opportunities into Solutions (B-HERO-S) study. European Journal Haematology. 2017; 98:18–24. doi: https://doi.org/10.1111/ejh.12851

Okolo AI, Soucie JM, Grosse SD, Roberson C, Janson IA, Allen M, et al. Population-based surveillance of haemophilia and patient outcomes in Indiana using multiple data sources. Haemophilia. 2019; 1-7. doi: 10.1111/hae.13734.

Sousa ET, Veloso HH, Silva NA, Araújo JS. Perfil epidemiológico dos portadores de hemofilia do hemocentro da Paraíba. Rev Odontol Bras Central. 2013; 21- 61.

Flaherty LM, Schoeppe J, Kruse-Jarres R, Konkle BA. Balance, falls, and exercise: Beliefs and experiences in people with hemophilia: A qualitative study. Research Practice in Thrombosis Haemostasis. 2018;2:147–154. doi: https://doi.org/10.1002/rth2.12060 .

Carrasco JJ, Pérez-Alenda S, Casaña J, Sorio-Olivas E, Bonanad S, Querol F. Physical Activity Monitoring and Acceptance of a Commercial Activity Tracker in Adult Patients with Haemophilia. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2019;16, 3851. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph16203851

Buckner TW, Batt K, Quon D, Witkop M, Recht M, Kessler C, et al. Assessments of pain, functional impairment, anxiety, and depression in US adults with hemophilia across patient-reported outcome instruments in the Pain, Functional Impairment, and Quality of Life (P-FiQ) study. European Journal Haematology. 2018;100(Suppl. 1):5–13.

Júnior MA, Filho MA, Montenegro RC, Barbosa EL. Antropometria e força muscular de indivíduos hemofílicos da cidade de João Pessoa-PB. Revista Brasileira de prescrição e fisiologia do exercício [Internet]. 2017;11:743-747. Avaiable from: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1261

Ferreira D, Silva EL, Borges DD, Santos GM, Noueira TA, Silva HJ, et al. Prevalência das coagulopatias hereditárias nos portadores atendidos no centro de hematologia e hemoterapia do Piauí - HEMOPI. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. 2018; 24(1); 56-60. doi: https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i1.1616 .

Martínez LM, Cardona VJ, Ramirez PS, Rodriguez GMÁ. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com hemofilia cadastrados na Liga dos Hemofílicos de Antioquia (Colômbia). Risaralda medical journal. 2017; 23 (1): 34-7.

D'Angiolella LS, Cortesi PA, Rocino A, Copolla A, Hassan HJ, Giampolo A, Solimeno LP, et al. The socioeconomic burden of patients affected by hemophilia with inhibitors. Eur J Haematol. 2018; 101: 435– 456. https://doi.org/10.1111/ejh.13108

Llanes OM, Lay LL, Frometa SS, Jiménez RA, Celsa GL, Corredor MB, et al. Genotipos del virus de la Hepatitis C en pacientes hemofílicos. Rev Cubana de Hematol, Inmunol y Hemoterapia, 2018: 34(1): 51-57. http://www.revhematologia.sld.cu/index.php/hih/article/view/610

Makris M, Konkle BA. Hepatite C na hemofilia: tempo de tratamento para todos. Haemophilia; 2017; 23: 180-181. doi: https://doi.org/10.1111 / hae.13183

Castaño AF, Restrepo MJ, Durán FS. Quality of life in a population with haemophilia: A cross-sectional study from a single haemophilia treatment center. Rev Colombiana de Reumatología. 2017: 24(1): 18-24. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rcreue.2017.04.002

Downloads

Publicado

2021-02-04

Como Citar

Denise Rodrigues Holsbach Sartorelo, Ferreira, D. B., Souza, L. C., Soares, M. da L., Pereira, L. C., & Garcia, K. R. (2021). Perfil dos hemofílicos de uma associação de pacientes de Brasília – DF, Brasil. REVISA, 10(1), 73–81. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/482

Edição

Seção

Artigo Original