Ausência de associação do polimorfismo IL4 e características clínicas do acidente vascular encefálico hemorrágico

Autores

  • Izabel Cristina Rodrigues da Silva
  • Geiza Carneiro Torres
  • Larissa Sousa Silva Bonasser
  • Gabriel Moura Alves Seixas
  • Luzitano Brandão Ferreira
  • Helia Carla Souza Silva

Palavras-chave:

Polimorfismo, Interleucina-4;, Acidente vascular encefálico

Resumo

Objetivo: investigar a associação entre o polimorfismo do tipo VNTR, do gene IL4, localizado na região do intron 3, em pacientes diagnosticados com acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) ou aneurisma intracerebral em uma amostra do Distrito Federal. Método: Tratou-se de um estudo observacional, retrospectivo, transversal, com 55 indivíduos, dos quais foram anotadas as características clínicas do prontuário e realizada análise da genotipagem por meio da estratégia de PCR. As frequências genotípicas foram estimadas por contagem direta. O nível de significância adotado foi de 5% e o teste estatístico utilizado foi o Qui-Quadrado. Resultados: Foi verificado que o genótipo mais frequente foi o B1/B2 (50,9%; n=28), seguido pelo genótipo ancestral B1/B1 (27,3%, N=15), sendo que o menos frequente foi o genótipo B2/B2 (21,8%, N=12). Não foi encontrada associação estatística entre as variáveis hipertensão arterial sistêmica, diabetes, tabagismo e etilismo e a presença do polimorfismo no grupo estudado. Conclusão: A presença do polimorfismo IL4 INTRON 3 VNTR teve associação com a variável sexo, demonstrando que na amostra estudada, o AVEH é mais frequente em mulheres do que em homens, divergindo de estudos nos quais indivíduos do sexo masculino são mais propensos a desenvolverem AVE.

Referências

Farias FNQ, Almeida MA. Características epidemiológicas, clínicas e tratamento ofertado a jovens com acidente vascular cerebral. Saúde St Maria [Internet]. 16 de abril de 2019 [acesso em 9 nov 2021];45(1). Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/36001.

Brasil. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral. 2013;74.

Magalhães AS. Perfil de exossomos periféricos nas fases aguda e crônica do acidente vascular encefálico. Lumi Rep Dig [Internet]. 2016 [acesso em 9 nov 2021]; Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/153213.

Paiva CEQ, Santos SLF, Almeida RO, Melo MMA, Arraes MLBM. Relevância do cuidado farmacêutico ao paciente idoso com consequências de AVE. Most Científica Farmácia [Internet]. 10 de julho de 2017 [acesso em 9 nov 2021] ;3(1). Disponível em: http://reservas.fcrs.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/article/view/1267.

Santos EFS. Desfechos epidemiológicos e fatores associados à doença cerebrovascular em adultos jovens, estado de São Paulo, Brasil [Internet] [text]. Universidade de São Paulo; 2019 [acesso em 9 nov 2021]. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6141/tde-27032019-143731/.

Mamed SN, Ramos AMO, Araújo VEM, Jesus WS, Ishitani LH, França EB. Profile of deaths from unspecified stroke after investigation of garbage codes in 60 cities in Brazil, 2017. Rev Bras Epidemiol Braz J Epidemiol. 2019;22Suppl 3(Suppl 3):e190013.supl.3.

Lima AGT, Petribú KCL. Acidente vascular encefálico: revisão sistemática sobre qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores. Rev Bras Neurol E Psiquiatr [Internet]. 2016 [acesso em 9 nov 2021];20(3). Disponível em: https://www.revneuropsiq.com.br/rbnp/article/view/168.

Alves CL, Santana DS, Aoyama EA. Acidente vascular encefálico em adultos jovens com ênfase nos fatores de risco. Rev Bras Interdiscip Saúde [Internet]. 10 de janeiro de 2020 [acesso em 9 nov 2021]; Disponível em: https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/61.

Santos LB, Waters C. Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral: revisão integrativa/ Perfil epidemiológico de pacientes con accidente cerebrovascular: una revisión integradora. Braz J Dev. 17 de janeiro de 2020;6(1):2749–75.

World Healt Organization. The top 10 causes of death [Internet]. 2020 [acesso em 9 nov 2021]. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death.

Zhao X, Wang H, Sun G, Zhang J, Edwards NJ, Aronowski J. Neuronal Interleukin-4 as a Modulator of Microglial Pathways and Ischemic Brain Damage. J Neurosci. 12 de agosto de 2015;35(32):11281.

Illes P, Rubini P, Ulrich H, Zhao Y, Tang Y. Regulation of Microglial Functions by Purinergic Mechanisms in the Healthy and Diseased CNS. Cells. 29 de abril de 2020;9(5):E1108.

Liu X, Liu J, Zhao S, Zhang H, Cai W, Cai M, et al. Interleukin-4 Is Essential for Microglia/Macrophage M2 Polarization and Long-Term Recovery After Cerebral Ischemia. Stroke. fevereiro de 2016;47(2):498–504.

Yang J, Ding S, Huang W, Hu J, Huang S, Zhang Y, et al. Interleukin-4 Ameliorates the Functional Recovery of Intracerebral Hemorrhage Through the Alternative Activation of Microglia/Macrophage. Front Neurosci. 2016;10:61.

National Library of Medicine [homepage da internet]. IL4 interleukin 4 [Homo sapiens (human)]. [acesso em 9 nov 2021]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/gene/3565.

Barros AR, Souza JN, Sobrinho AB, Morais RM, Oliveira JR, Silva ICR. Associação entre polimorfismos de citocinas inflamatórias com o carcinoma papilífero de tireóide. Rev Divulg Científica Sena Aires. 20 de dezembro de 2019;9(1):13–23.

Rolim AM, Borges FSA, Barros AR, Lima JD, Silva FBA, Souza HC, et al. Associação estatística entre o polimorfismo rs2243250 no gene da IL-4 e o AVC hemorrágico na população brasileira. J Bras Patol E Med Lab [Internet]. 29 de maio de 2020 [acesso em 9 nov 2021];56. Disponível em: http://www.scielo.br/j/jbpml/a/GGG8sTKPrKFJtJhDqStn9Jr/?lang=pt.

AL-Eitan LN, Rababa’h DM, Alghamdi MA, Khasawneh RH.

The influence of an IL-4 variable number tandem repeat (VNTR) polymorphism on breast cancer susceptibility

. Pharmacogenomics Pers Med. 26 de agosto de 2019;12:201–7.

Silva RG, Cobo DL, Foss MHDA, Vale ME, Cavenaghi S. Perfil epidemiológico da unidade de AVC em um hospital de ensino / Epidemiological profile of the stroke unit in a teaching hospital. Braz J Health Rev. 13 de outubro de 2021;4(5):22023–30.

Mourao AM, Vicente LCC, Chaves TS, Sant`Anna RV, Meira FC, Xavier RMB, et al. Perfil dos pacientes com diagnóstico de AVC atendidos em um hospital de Minas Gerais credenciado na linha de cuidados. Rev Bras Neurol. 2017;12–6.

Rodrigues MS, Santana LF e, Galvão IM. Fatores de risco modificáveis e não modificáveis do AVC isquêmico: uma abordagem descritiva. Rev Med. 29 de setembro de 2017;96(3):187–92.

Elghoroury EA, Fadel FI, Farouk H, Elshamaa MF, Kamel S, Kandil D, et al. Association of variable number tandem repeats polymorphism in the IL-4 gene with end-stage renal disease in children. Egypt J Med Hum Genet. 5 de julho de 2018;19(3):191–5.

Ye L, Gao L, Cheng H. Inflammatory Profiles of the Interleukin Family and Network in Cerebral Hemorrhage. Cell Mol Neurobiol. outubro de 2018;38(7):1321–33.

Nikolic D, Jankovic M, Petrovic B, Novakovic I. Genetic Aspects of Inflammation and Immune Response in Stroke. Int J Mol Sci. janeiro de 2020;21(19):7409.

Lan X, Han X, Li Q, Yang Q-W, Wang J. Modulators of microglial activation and polarization after intracerebral haemorrhage. Nat Rev Neurol. julho de 2017;13(7):420–33.

Park HJ, Kim MJ, Kang SW, Kim SK, Lee JS, Park HK, et al. Association between interleukin-4 gene polymorphisms and intracerebral haemorrhage in Korean population. Int J Immunogenet. 1o de agosto de 2011;38(4):321–5.

Publicado

2023-01-15

Como Citar

Silva, I. C. R. da, Torres, G. C., Bonasser, L. S. S., Seixas, G. M. A., Ferreira, L. B., & Silva, H. C. S. (2023). Ausência de associação do polimorfismo IL4 e características clínicas do acidente vascular encefálico hemorrágico. REVISA, 11(4), 565–572. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/210

Edição

Seção

Artigo Original