Sexualidade de mulheres vivendo com HIV: é complicado

Autores

  • Cleuma Sueli Santos Suto
  • Mirian Santos Paiva
  • Carle Porcino
  • Pablo Luiz Santos Couto
  • Andreia Silva Rodrigues
  • Marília Emanuela Ferreira de Jesus
  • Ana Carolaine de Souza Batista

Palavras-chave:

Sexualidade, Hiv, Mulheres, Atenção secundária à saúde, Enfermagem

Resumo

Objetivo: analisar a estrutura das representações sociais de mulheres que vivem com HIV sobre sexualidade. Método: Pesquisa qualitativa com referencial teórico-metodológico da Teoria das Representações Sociais, ancorada na Teoria do Núcleo Central. Foram coletadas evocações livres de palavras, nos meses de agosto a novembro de 2018, de 191 mulheres vivendo com HIV em um município da Bahia. Os dados foram processados pelo software Evoc conformando quadros de quatro casas. Resultados: Em sua estrutura apresenta as palavras sexo, se prevenir, não sei e complicado. Os termos remetem a concepção da sexualidade como algo “difícil” de ser nominado e que demanda cuidados preventivos. Os elementos centrais e periféricos apresentaram, sua maioria, uma conotação negativa da sexualidade. Conclusão: As representações se ancoram em situações de temor e no medo em expor a condição de vivência com o vírus. Sugere-se que a temática possa ser incorporada às práticas de cuidados de profissionais de saúde.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

Suto, C. S. S., Paiva, M. S., Porcino, C., Couto, P. L. S., Rodrigues, A. S., Jesus, M. E. F. de, & Batista, A. C. de S. (2023). Sexualidade de mulheres vivendo com HIV: é complicado. REVISA, 12(2), 350–360. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/143

Edição

Seção

Artigo Original