Depressão e sua relação com a adesão à farmacoterapia anti-hipertensiva em idosos
Palavras-chave:
Idoso, Depressão, Adesão à medicação, Hipertensão, Atenção primária à saúde.Resumo
Objetivo: analisar a relação entre adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo e a depressão em idosos hipertensos assistidos pela Estratégia Saúde da Família na cidade de Brazlândia, Distrito Federal. Método: Trata-se de estudo descritivo, transversal. Foi realizada entrevista estruturada e aplicação de questionários (EDG-15 e MMAS-8) em idosos hipertensos (n=261). Resultados: A análise mostrou 59% do sexo feminino, 90% de baixa escolaridade, 53% eram aposentados, 68% eram casados, 13% moravam sozinhos, 78% recebiam até 2 salários mínimos, 68% não faziam automedicação, 38% obtinham o medicamento no posto de saúde, 88% era sedentário, 81% não era tabagista, o medicamento mais usado foi o diurético 60%, 22% estava em monoterapia. Conclusão: A análise comparativa evidenciou que a medida de pressão arterial e a forma como adquire o medicamento são variáveis independentes da adesão ao tratamento. A prevalência de depressão foi de 37%. A razão de prevalência mostrou maior risco de depressão em pacientes com pressão arterial inadequada, com circunferência abdominal inadequada, com sobrepeso e que não aderem ao tratamento. A razão de prevalência mostrou menor risco de depressão nos homens e tabagistas.
Referências
Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2016; 19(3):507-519
Costa EM, Lourenço RA. Hipertensão arterial no idoso saudável e no idoso frágil: uma revisão narrativa. Revista HUPE. 2017; 16(1):37-43
Veras RP. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saúde Publica. 2009; 43(3):548-554.
Danilow MZ, Moreira ACS, Villela CG, Barra BB, Novaes MRCG, Oliveira MPF. Perfil epidemiológico, sociodemográfico e psicossocial de idosos institucionalizados do Distrito Federal. Com. Ciências Saúde. 2007; 18(1):9-16.
Oliveira MPFO, Novaes MRCG. Perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, Brasil. Cien Saude Colet. 2013; 18(4):1069-1078.
Brasil. Diretrizes para cuidados das pessoas idosas no SUS: Proposta de modelo de atenção integral. Ministério da Saúde. 2014.
VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2016;107(supl. 3).
Aquino GA, Cruz DT, Silvério MS, Vieira MT et al. Fatores associados à adesão ao tratamento farmacológico em idosos que utilizam medicamento anti-hipertensivo. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2017; 20(1): 116-127
Almeida HO, Versiani ER, Dias AR, Novaes MRCG, Trindade EMV. O paciente idoso e a adesão a tratamentos. In: Novaes MRCG, organizadora. Assistência farmacêutica ao idoso. Uma abordagem multiprofissional. Brasília: Thesaurus; 2007. p.207-219.
Silva PCS, Monteiro LA, Graciano ADS, Terra FS, Veiga EV. Avaliação da depressão em idosos com hipertensão arterial sistêmica. Rev Rene. 2014; 15(1):151-7.
Lima AMP, Ramos JLS, Bezerra IMP, Rocha RPB, Batista HMT, Pinheiro WR. Depressão no idoso: revisão sistemática da literatura. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção. 2016; 6(2): 97-103.
Madeira TCS, Aguiar MIF, Bernardes ACF, Rolim ILTP, Silva RP, Braga VAB. Depressão em idosos hipertensos e diabéticos no contexto da atenção primária em saúde. Rev APS. 2013; 16(4):393-398.
Silva AS, Laprega MR. Avaliação crítica do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e de sua implantação na região de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Cad Saude Pública. 2005; 21(6): 1821-1828.
Almeida OP, Almeida AS. Short versions of the geriatric depression scale: a study of their validity for the diagnosis of a major depressive episode according to ICD-10 and DSM-IV. Int J Geriatr Psychiatry. 1999; 14(10):858-856.
Almeida OP, Almeida AS. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão geriátrica (GDS) versão reduzida. Arq Neuropsiquiatr. 1999; 57(2B):421-426.
Castelo MS, Coelho-Filho JM, Carvalho AF, Lima JWO, Noleto JCS, Ribeiro KG, Siqueira-Neto JI. Validity of the Brazilian version of the Geriatric Depression Scale (GDS) among primary care patients. Int Psychogeriatr. 2010; 22(1):109-113.
Sheikh JI, Yesavage JA. Geriatric depression sclae (GDS): recent evidence and development of a shorter version. Clin Gerontol. 1986; 5:165-173.
Oliveira-Filho AD, Barreto-Filho JA, Neves SJF, Lyra Junior DP. Relação entre a escala de adesão terapêutica de oito itens de Morisky (MMAS-8) e o controle da pressão arterial. Arq Bras Cardiol. 2012; 99(1):649-658.
Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, Maclean JR, Beers MH. Updating the Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults: results of a US consensus papel of experts. Arch Intern Med. 2003; 163:2716-2724.
Hajjar R, Nardelli GG, Gaudenci EM, Santos AS. Sintomas depressivos e fatores associados em idosos na Atenção Primária à Saúde. Rev Rene. 2017; 18(6):727-33.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 REVISA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
-
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.