Investigação do planejamento familiar entre mulheres em tempos de pandemia da Covid-19

Autores

  • Ligia Braz Melo unievangélica
  • Marcus Vinícius Ribeiro Ferreira
  • Stephanie Brochado Sant’ana
  • Alexandre Marco de Leon
  • Elissandro Noronha dos Santos
  • Wanderlan Cabral Neves
  • Tarcísio Souza Faria
  • Juliana Macedo Melo Andrade

Palavras-chave:

Planejamento Familiar, COVID-19, Anticoncepção

Resumo

Objetivo: descrever a influência da pandemia da COVID 19 sobre o planejamento familiar. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório de campo, longitudinal, descritivo com abordagem qualitativa, com 34 mulheres em idade reprodutiva, implementado no Centro de Referência de Saúde da Mulher, localizado no município de Anápolis- GO. Resultados: Foi possível observar que a maioria das participantes não têm conhecimento sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar, e que a conjuntura socioeconômica e o grau de escolaridade influenciam no acesso a essa temática, o que evidência a necessidade de políticas públicas voltadas a educação em saúde reprodutiva. Considerações Finais: a pandemia não influenciou o acesso ao planejamento familiar e aos métodos contraceptivos, uma vez que a população feminina sequer conhece os termos. A ausência da educação em saúde reprodutiva paira sobre as mulheres, desde antes do início da pandemia da COVID-19.

Referências

Brasil. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o planejamento familiar e estabelece as condições para sua execução pelos serviços públicos de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 12 jan. 1996.

Brasil. Ministério da Saúde. Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM): princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 1984.

UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas. Impactos da pandemia de COVID-19 no planejamento familiar: desafios globais. Brasília: UNFPA; 2020.

Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório sobre o impacto da COVID-19 no acesso ao planejamento familiar. Genebra: OMS; 2021.

Van der Wijden C. Family planning and reproductive health: global policies and local challenges. Global Health Perspectives. 2015;10(2):1-15.

Quinn M, et al. Access to contraceptives during health crises: lessons from COVID-19. The Lancet. 2020;12(3):1-6.

PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences. Gender inequality and family planning: global trends and perspectives. Washington: PNAS; 2019.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual Técnico de Assistência em Planejamento Familiar. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.

UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas. Planejamento familiar e desenvolvimento sustentável: impactos econômicos e sociais. Nova York: UNFPA; 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

SESAPI – Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. Rede Cegonha e o planejamento familiar no Piauí: avanços e desafios. Teresina: SESAPI; 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS. Diário Oficial da União; 2010.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Direitos reprodutivos e saúde reprodutiva: princípios básicos. São Paulo: FEBRASGO; 2019.

Andrade HHS, Teixeira DS, Amorim MM. Conhecimento e uso de métodos contraceptivos entre mulheres brasileiras. Rev Bras Saúde Materno Infantil. 2009;9(3):271-6.

Prietsch MC, et al. Fatores associados à gravidez não planejada: um estudo no extremo sul do Brasil. Rev Saúde Pública. 2011;45(6):1-10.

FIGO – Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia. Family planning tailored to individual needs: global guidelines for health professionals. J Obstet Gynecol. 2021;126(5):1-12.

Radulovic M, et al. The influence of education level on family planning. Int J Public Health. 2006;51(4):1-9.

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, 12 dez. 2012.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo: Hucitec; 2004.

UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas. Impactos da pandemia de COVID-19 no planejamento familiar: desafios globais. Brasília: UNFPA; 2020.

Brasil. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Wulifan J, et al. Reasons for nonuse of contraceptive methods by women with demand for contraception not satisfied: an assessment of low and middle-income countries. Demographic and Health Surveys. 2016;6:1-20.

Ferrera M, et al. Planejamento familiar na atenção básica: conhecimento e uso de métodos contraceptivos. Rev Bras Enferm. 2019;72(4):802-10.

Publicado

2025-01-24

Como Citar

Braz Melo, L., Ferreira, M. V. R., Sant’ana, S. B., Leon, A. M. de, Santos, E. N. dos, Neves, W. C., … Andrade, J. M. M. (2025). Investigação do planejamento familiar entre mulheres em tempos de pandemia da Covid-19. REVISA, 14(1), 1295–1310. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/577

Edição

Seção

Revisão de Literatura