Gênero, Masculinidades e Saúde de Homens: desenvolvimento de uma disciplina curricular no curso de graduação em Enfermagem
Palavras-chave:
Homens, Saúde do Homem, Gênero e Saúde;, Masculinidades, EnfermagemResumo
1. Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8534-1960
2. Faculdade Nobre de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-3333-955
3. Faculdade Nobre de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://orcid.org/000000207467848
4. Faculdade Nobre de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2366-7310
5. Faculdade Nobre de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8042-2489
6. Faculdade de Tecnologia e Ciências. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4807-4917
7. Faculdade Nobre de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3600-8904
Objetivo: descrever o desenvolvimento de uma disciplina curricular no curso de graduação em Enfermagem na área de gênero, masculinidades e saúde de homens. Método: Estudo descritivo, qualitativo, oriundo de atividade curricular docente no curso de graduação em Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior de um município da Bahia, Brasil, entre os anos de 2014 a 2020. Foram consultadas fontes de dados institucionais, registros imagéticos, atividades de ensino-aprendizagem produzidos no componente e relatos de docentes. Os dados apreendidos foram tematizados a partir da análise de conteúdo proposta por e interpretada à luz do referencial de masculinidade na perspectiva de Raewyn Connell. Resultados: O desenvolvimento do componente curricular foi advindo de diálogos acadêmicos em consonância com a instituição de ensino, sob a convergência com as demandas e necessidades discentes e para a formação em Enfermagem. Buscou-se atender as iniciativas de fortalecimento da implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Ministério da Saúde brasileiro, tais quais dos indicadores epidemiológicos e da formação em Enfermagem sob a ótica relacional de gênero e das masculinidades na produção do cuidado à saúde direcionado ao público masculino. Conclusão: O desenvolvimento do componente curricular oportunizou a ampliação e o fortalecimento da formação qualificada de Enfermagem, a contribuição para a superação da invisibilidade do público masculino nas ações e na atenção em saúde, promoveu a integração ensino e serviço a partir da extensão acadêmica e fomentou a produção científica direcionada para a Enfermagem na saúde de homens.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perfil da morbimortalidade masculina no Brasil [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Richardson N, Carroll P. National Men’s Health Action Plan Healthy Ireland-Men HI-M 2017-2021 Working with men in Ireland to achieve optimum health and wellbeing [Internet]; 2016 [cited 2020 set 16]. Available from: https://www.mhfi.org/HI-M.pdf
Polisello C, Oliveira CM de, Pavan M, Gorayeb R. Percepção de homens idosos sobre saúde e os serviços primários de saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 13º de setembro de 2014 [citado 14º de dezembro de 2020];9(33):323-35. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/797
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: saúde do homem [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
Moura, E. Perfil da situação de saúde do homem no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz - Instituto Fernandes Figueira; 2012.
Couto MT, Dantas SMV. Gênero, masculinidades e saúde em revista: a produção da área na revista Saúde e Sociedade. Saude soc. 2016;25(4): 857-68.Doi: https://doi.org/10.1590/s0104-12902016172308 .
Gomes, R, Couto, MT, Keijer, B. Hombres, género y salud. Salud Colectiva. 2020;16: 2788. Doi: https://doi.org/10.18294/sc.2020.2788
Sousa AR. Produzir cuidado à saúde de homens e suas masculinidades: uma prioridade. REVISA. 2020; 9 (4): 681-4. Doi: https://doi.org/10.36239/revisa.v9.n4.p681a684
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Como envolver o homem trabalhador no planejamento reprodutivo, pré-natal, parto e desenvolvimento da criança [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Guia do pré-natal do parceiro para profissionais de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
Herrmann, Angelita. Guia de Saúde do Homem para Agente Comunitário de Saúde (ACS) /Angelita Herrmann, Cicero Ayrton Brito Sampaio, Eduardo Schwarz Chakora, Élida Maria Rodrigues de Moraes, Francisco Norberto Moreira da Silva, Julianna Godinho Dale Coutinho. - Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 2016
Coelho Juliana Sousa, Giacomin Karla C., Firmo Josélia Oliveira Araújo. O cuidado em saúde na velhice: a visão do homem. Saude soc. 2016; 25(2): 408-421. https://doi.org/10.1590/S0104-12902016142920.
Separavich MA, Canesqui AM. Masculinidades e cuidados de saúde nos processos de envelhecimento e saúde-doença entre homens trabalhadores de Campinas/SP, Brasil. Saude soc. 2020; 29(2):e180223. Doi: https://doi.org/10.1590/s0104-12902020180223.
Santos SPA, Sousa FM, Borges GA Oliveira SNVD, Leal DHMS. A saúde do homem na visão dos enfermeiros de uma unidade básica de saúde. Esc. Anna Nery.2012;16(3):561-8. Doi: https://doi.org/10.1590/S1414-81452012000300019 .
Cesaro BC, Santos HB, Silva FNM. Masculinidades inerentes à política brasileira de saúde do homem. Rev Panam de Salud Publica. 2018;42:e119. Doi: https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.119
Oliveira E, Couto MT, Separavich Marco AA, Luiz OC. Contribuição da interseccionalidade na compreensão da saúde-doença-cuidado de homens jovens em contextos de pobreza urbana. Interface (Botucatu).2020;24:e180736. Doi: https://doi.org/10.1590/interface.180736
Connell, R. Masculinities. Cambridge,Polity Press; Sydney, Allen & Unwin. 2nd ed. Berkeley: University of California Press; 2005.
Connell Robert W, Messerschmidt JW. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Rev. Estud. Fem. 2013; 21(1): 241-82. Doi: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000100014
Connell, R. Margem tornando-se centro: para um repensar das masculinidades centrado no mundo. Int J Masc Studies. 2014;9 4, 217-231.Doi: https://doi.org/10.1080/18902138.2014.934078
Rosu MB, Oliffe JL, Kelly MT. Nurse Practitioners and Men’s Primary Health Care. American Journal of Men’s Health. 2017;11(5)1501–11. Doi: https://doi.org/10.1177/1557988315617721
Santana EN, Lima EMM, Bulhões JLF, Monteiro EMLM, Aquino JM. A atenção à saúde do homem: ações e perspectivas dos enfermeiros. Rev. Min. Enferm. 2011;15(3): 324-332.
Santos KC, Fonseca DF, Oliveira PP, Duarte AGS, Melo JMA, Souza RS. Atenção à saúde do homem: construção e validação de instrumento para consulta de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2020; 73(3):e20190013. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0013
Alves BMS, Araújo CJS, Almeida SLS, Guimarães ALS. Atuação do enfermeiro da atenção básica diante das dificuldades para a implementação da política de saúde do homem. Rev enferm UFPE on line. 2017;11(Supl. 12):5391-401. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i12a110143p5391-5401-2017
Sousa AR, Gonçalves ARB, Cruz CA, Figueiredo JS, Capstrano R de L, Coutinho SPM, Oliveira MT, Costa MSF. Extensão universitária em enfermagem na atenção à saúde do homem: experiências em um cenário baiano. Rev. G&S [Internet]. 31º de outubro de 2014 [citado 14º de dezembro de 2020];5(4):pag. 2709-2722. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/1173
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVISA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
-
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.