O que facilita e dificulta a Sistematização da Assistência de Enfermagem na percepção dos enfermeiros das Unidades de Saúde da Família?
Palavras-chave:
Cuidados de enfermagem, Organização e Administração, Atenção Primária a Saúde, Processos de enfermagem, Legislação de enfermagem.Resumo
RESUMO
Objetivo: analisar os elementos facilitadores e dificultadores na realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem e Processo de enfermagem a partir da percepção dos enfermeiros das Unidades de Estratégia Saúde da Família. Método: Estudo descritivo-exploratório, de corte transversal e abordagem quantitativa, por meio da aplicação de um questionário auto aplicado. Resultados: perfil de profissionais predominantemente do sexo feminino com idade prevalente entre 30-40 anos e um equilíbrio entre tempo de atuação profissional (média 10,7 anos) entre 2-10 anos e maior do que 10 anos, além de uma média de atuação na APS de 8,8 anos, demonstrando uma equipe com boa experiência, o que facilitou a interpretação dos resultados. Elementos facilitadores: reconhecimento da importância da realização do Processo de enfermagem sobre o desenvolvimento do raciocínio clínico do enfermeiro, o benefício para o paciente e para a equipe de saúde. Elementos dificultadores: falta de linguagem universal padronizada; despreparo do profissional para realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem na APS; sobrecarga de atendimentos ao longo do dia; falta de colaboração da equipe durante a consulta, com muitas interrupções; baixa oferta de capacitação sobre Sistematização da Assistência de Enfermagem/Processo de enfermagem pela instituição; baixa valorização da consulta de enfermagem tanto pela equipe, quanto pela população em geral; falta de impressos com diagnósticos e prescrição de enfermagem. Conclusão: Para facilitar a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem/Processo de enfermagem, os enfermeiros referiram que: há a necessidade do conhecimento de Sistematização da Assistência de Enfermagem/Processo de enfermagem pelo enfermeiro, a necessidade de capacitação da equipe pela unidade de saúde, a adoção de linguagem padronizada e a adoção de protocolos.
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