Unidade Básica de Saúde e Dança Sênior: um caminho para a qualidade de vida
Palavras-chave:
Saúde da Pessoa Idosa, Programa de Atenção à Saúde do Idoso, Qualidade de VidaResumo
Objetivo: discutir as dimensões de qualidade de vida das pessoas praticantes de Dança Sênior de um projeto de extensão e pesquisa desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde. Método: O estudo quantitativo envolveu 21 mulheres, com idades entre 39 e 81 anos (média de 63,19 ± 8,61), praticantes de Dança Sênior. Utilizou-se o questionário WHOQOL-BREF que avalia os domínios físico, psicológico, social e ambiental da qualidade de vida. Os resultados foram classificados como: “necessita melhorar” (1 a 2,9), “regular” (3 a 3,9), “boa” (4 a 4,9) e “muito boa” (5). A pesquisa respeitou todas as normas éticas vigentes. Resultados: A qualidade de vida geral das participantes foi classificada como “regular.” Os domínios físico e psicológico apresentaram uma média de 3,8, indicando satisfação moderada, com avaliações sobre dor, energia, sono, mobilidade, atividades diárias, dependência de medicação e capacidade de trabalho, além de aspectos como sentimentos, autoestima e imagem corporal. O domínio de relações sociais, que incluiu interações interpessoais e vínculos sociais, mostrou-se importante para o bem-estar emocional, psicológico e físico. O domínio ambiental, que considerou qualidade do ar, acesso a serviços de saúde, segurança e condições de moradia, teve a menor média (3,4) e foi o mais frequentemente classificado como “precisa melhorar,” indicando vulnerabilidade nessa área. Conclusão: Apesar dos desafios em algumas áreas, o programa de Dança Sênior se mostrou eficaz em promover um envelhecimento mais saudável e ativo, sendo uma intervenção que pode ser expandida para outras regiões, com potencial para beneficiar ainda mais pessoas.
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