Câncer de próstata em homens atendidos em uma unidade de alta complexidade em saúde: perfil epidemiológico
Palavras-chave:
Neoplasias do Homem, Câncer de Próstata, Saúde do Homem, Fatores de RiscoResumo
Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico do câncer de próstata em homens atendidos em uma unidade de alta complexidade em saúde na Bahia, Brasil. Método: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado em uma unidade de alta complexidade de referência em um município da Bahia, Brasil. Realizou-se busca exploratória de dados primários coletados em prontuários de pacientes com câncer que que estavam iniciando e/ou em tratamento, entre janeiro de 2013 a dezembro de 2015. A amostra foi composta de 662 registros, os quais foram submetidos à análise estatística. Resultados: Mais de 60% dos pacientes residiam na área urbana, cerca de 90% são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O câncer de próstata obteve maior prevalência em homens com idade acima de 60 anos, principalmente na faixa etária 70-79 anos. A análise histológica da biópsia indicou que a maioria dos pacientes já se encontravam na escala G2, classificado como médio risco, havendo a possibilidade de avançar para o escore G3 - alto risco. Conclusão: O perfil epidemiológico indicou prevalência elevada para o câncer de próstata, com recorte etário avançado, perfil histológico relevante para a vigilância dos pacientes e expressiva cobertura de atenção à saúde na esfera pública.
Referências
Ministério da saúde. PORTARIA N°1.944, DE 27 DE AGOSTO DE 2009. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, 2009.
Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Câncer de próstata. Rio de Janeiro: INCA, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/assuntos/cancer-de-prostata
Bacelar AYS, Coni DGL, Santos DV, Sousa AR. Homens na unidade de saúde da família. Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(9):2507-13, set., 2018. Doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i9a236098p2507-2513-2018
Palmeira SS, Pereira TM, Almeida TL, Sousa AR, Alencar DC. Resolubilidade dos serviços ofertados na estratégia saúde da família: discurso de homens. Saúde em Redes. 2018; 4(4):105-117. Doi: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n4p105-117
Gomes R, Rebello LEFS, Araújo FC, Nascimento EF. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva. 2008;13,1,235-246. Doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000100027
Dourado IS, Nunes JB, Sena TAB, Sousa AR de, Silva AF, Araújo IFM et al. Diagnósticos de enfermagem identificados em homens idosos submetidos à prostatectomia. Rev enferm UFPE on line. 2019;13:e239444. Doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963.2019.239444
Gomes, R, Couto, MT, Keijer, B. Hombres, género y salud. Salud Colectiva. 2020;16: 2788. Doi: https://doi.org/10.18294/sc.2020.2788
Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública. 2007;23(3):565-574.Doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000300015
Sousa, AR, Queiroz, AM, Florencio, RMS, Portela PP, Fernandes, JD, Pereira, A. Homens nos serviços de atenção básica à saúde: repercussões da construção social das masculinidades. Rev Bai Enf.2016;30(3):1-10. Doi: https://doi.org/10.18471/rbe.v30i3.16054
Leite DF et al. A influência de um programa de educação na saúde do homem. O mundo da Saúde. 2010;34,1,50–56. DOI:10.15343/0104-7809.201015056
Dutra MC. O câncer de próstata e a influência do preconceito masculino nas ações preventivas da saúde do homem. 2011. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Atenção Básica Saúde da Família) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2011.
Prestes MLM. A pesquisa e a construção do conhecimento científico. São Paulo: Respel, 2002, 217p.
Minayo MCS. O Desafio do Conhecimento-Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo: Hucitec, 8ª edição, 2004, 269p.
Souto CAV. Tratamento do câncer de Próstata. In: Schwatsmann G. organizador. Oncologia clínica. Porto Alegre: Artes médicas. 1991;399-406.
Ministério da Previdência Social. Aposentadoria por idade. 2003. Disponível em: http://www.previdenciasocial.gov.br/02_01_07.asp . Acesso em 15 de junho de 2016.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
Luizaga CTM, Ribeiro KB, Fonseca LAM, Neto JE. Tendências na mortalidade por câncer de próstata no estado de São Paulo, 2000 a 2015. Rev Saude Publica. 2020;54:87.Doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001948
Steffen RE, Trajman A, Santos M, Caetano R. Rastreamento populacional para o câncer de próstata: mais riscos que benefícios. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2018;28(2),e280209. https://doi.org/doi.org/10.1590/S0103-73312018280209
Bostwick DG, Burke HB, Djakiew D, Euling S, HO SM Landolph J et al. Human prostat cancer risk factors. Cancer. 2004;15,101,2371-2490. doi: https://doi.org/10.1002/cncr.20408 .
Silva Jr JB, Gomes FBC, Cezário AC, Moura L. Doenças e agravos não transmissíveis: bases epidemiológicas. In: Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 2003;289-311.
Boyle P, Severi G, Giles GG. The epidemiology of prostate câncer. Urol Clin North Am. 2003;30,2,209-217. doi: https://doi.org/10.1016/s0094-0143(02)00181-7.
Medeiros AP, Menezes MFB, Napoleão AA, Menezes MFB, Napoleão AA. Fatores de risco e medidas de prevenção do câncer de próstata: atores de risco e medidas de prevenção do câncer de próstata: atores de risco e medidas de prevenção do câncer de próstata: subsídios para a enfermagem. Rev Bras Enferm. 2011;64(2):64(2):385-8. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/jpcTC4yHHQJv9nvVGbc43Fz/?format=pdf&lang=pt
Modesto AAD, Lima RLB, D’Angelis AC, Augusto DK. A not-so-blue November: debating screening of prostate cancer and men’s health. Interface (Botucatu). 2018; 22(64):251-62. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0288
Jemal A, Bray F, Center MM, Ferlay J, Ward E, Forman D. Global Câncer Statistics. Cancer J Clin. 2011;61,69-90. doi: https://doi.org/10.3322/caac.20107
Garnick MB. The great prostate cancer debate. Scientific American. 2012;306,2,38-43. doi: https://doi.org/10.1038/scientificamerican0212-38
Migowski A, Silva GA. Sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado. Revista de Saúde Pública. 2010;44,2,344-52. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000200016
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Instituto Nacional do Câncer. Estatísticas de Câncer. Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Atlas de mortalidade por câncer ajustadas por idade. 2010. Disponível em: http://mortalidade.inca.gov.br/Mortalidade/prepararModelo04.action. Acesso em 25 de junho de 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVISA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
-
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.