Demandas masculinas para o atendimento na atenção primária

Autores

  • Anderson Reis de Sousa
  • Andressa Reis de Sousa Vilas Boas
  • Éric Santos Almeida
  • Sélton Diniz dos Santos
  • Naomy Safira Batista da Silva
  • Cléa Conceição Leal Borges
  • Daniel Gomes Santos

Palavras-chave:

Homens, Saúde do Homem, Atenção Primária à Saúde, Estratégia de Saúde da Família

Resumo

1. Secretaria Municipal de Saúde de Quixabeira. Quixabeira, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3676-446X   

 

2. Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil.

https://orcid.org/0000-0001-8534-1960  

 

3. Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil.

https://orcid.org/0000-0001-9043-5988  

 

4.  Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil.

http://orcid.org/0000-0002-3992-4353  

 

5. Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil.

https://orcid.org/0000-0001-9331-8680

  

6. Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil.

 http://orcid.org/0000-0002-9523-6272

   

7. Secretaria Municipal de Saúde de Quixabeira. Quixabeira, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6259-2126

 

Objetivo: caracterizar as demandas de atendimento à saúde de homens na Atenção Primária.  Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com base nos dados secundário provenientes do E-SUS SISAB. Analisou-se os atendimentos dos homens na faixa etária entre 20 a 59 anos, residentes em um município do estado da Bahia, Brasil, realizados entre 2015 e 2019. Os dados foram organizados em tabelas utilizando o Stata. Resultados: Entre 2015 e 2019, foram realizados 4.630 atendimentos, sendo 79,9% realizados pela equipe mínima. A maior frequência de atendimentos ocorreu na faixa etária entre 50 e 54 anos. Houve maior frequência de atendimentos pela manhã na UBS e em consultas programadas. Estiveram em observação 92,5% e, dos atendimentos realizados pelo NASF, prevaleceu a prescrição terapêutica 45,2%.  Dentre os problemas/condições avaliados, foram mais frequentes a hipertensão arterial, reabilitação e saúde mental. Os procedimentos mais realizados foram a aferição de pressão arterial e administração de medicamentos endovenosos. As condutas adotadas foram: o retorno para consulta agendada e retorno para cuidado programado. Realizaram atendimentos odontológicos programados sob o acesso de consultas programadas e com demandas relacionadas procedimentos dentários, dor de dente.  Foram assistidos por visitas domiciliares, não sendo compartilhada entre profissionais.  Conclusão: As demandas por cuidado à saúde apresentadas pelos homens na APS refletem a diversidade e complexidade que provem do cotidiano de trabalho a partir dos territórios e direcionam a reflexão acerca da maneira como os serviços estão orientados, a lógica das práticas de saúde e a própria compreensão dos profissionais e sujeitos no processo de cuidar.

Referências

Moura Erly Catarina de, Santos Wallace dos, Neves Alice Cristina Medeiros das, Gomes Romeu, Schwarz Eduardo. Atenção à saúde dos homens no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Ciênc. saúde coletiva. 2014; 19( 2 ): 429-38. Doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.05802013 .

Brasil. Ministério da Saúde (2009). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília; Ministério da Saúde; 2009. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-PNAISH---Principios-e-Diretrizes.pdf .

Brasil. Ministério de Saúde. Atenção Básica. Brasília; Ministério da Saúde; 2017. Disponível em: http://www.saude.gov.br/artigos/770-sistema-nacional-de-saude/40315-atencao-basica

Rosu, M. B., Oliffe, J. L., & Kelly, M. T. (2017). Nurse Practitioners and Men's Primary Health Care. American journal of men's health. 11(5), 1501–11. Doi: https:// doi.org/10.1177/1557988315617721

Peduzzi Marina, Agreli Heloise Fernandes. Trabalho em equipe e prática colaborativa na Atenção Primária à Saúde. Interface (Botucatu) [Internet]. 2018 [cited 2020 Oct 22] ; 22(Suppl 2): 1525-34. Doi: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0827 .

Sousa AR et.al. Homens nos serviços de atenção básica à saúde: repercussões da construção social das masculinidades. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 30, n. 3, p. 1-10, jul./set. 2016. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/4acd/3618c1503c60bc009d9fee7f00a2b3b767cc.pdf

Flôres GMS et.al. Gestão pública no SUS: considerações acerca do PMAQ-AB. Saúde Debate. Rio De Janeiro. 2018;42(116):237-47. Doi: 10.1590/0103-1104201811619.

Brasil. Ministério da Saúde. DATA SUS. População residente Bahia. Município Quixabeira. Brasília, Ministério da Saúde; 2019. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/cnv/popba.def

Couto MT et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface: Comunicação, saúde e educação. 2010. Disponível em: [https://www.scielosp.org/article/icse/2010.v14n33/257-270/#ModalArticles]. Acesso em: [19 de Outubro de 2020].

Nunes, AB et al. Os desafios na inserção do homem nos serviços de saúde da atenção primária. Brazilian Journal of health Review. 2020. Disponível em: [https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/8598/7390]. Acesso em: [19 de Outubro de 2020]

Boccolini CS. Morbimortalidade por doenças crônicas no Brasil: situação atual e futura. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2016.

BrelandJY. et al. Obesity and Health Care Experiences among Women and Men Veterans. Elsevier: Inc. on behalf of Jacobs Institute of Women's Health. 2019, v. 29, n. 1, USA. Doi: https://doi.org/10.1016/j.whi.2019.04.005

Sousa AR et.al. Vivências de homens em adoecimento crônico no cuidado à saúde: implicações para a assistência de enfermagem. REVISA. 2020; 9(2): 212-21. Doi: https://doi.org/10.36239/revisa.v9.n2.p212a221

Bacelar AYS et.al. Homens na unidade de saúde da família. Rev enferm UFPE on line. 2018; 12(9):2507-13. Disponível em: [ https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/236098/29966]

Gomes R et al. Linhas de cuidados masculinos voltados para a saúde sexual, a reprodução e a paternidade. Ciência & Saúde Coletiva; 2016; 21(5):1545-52. Disponível em: [ https://www.scielo.br/pdf/csc/v21n5/1413-8123-csc-21-05-1545.pdf]

Aikman K et al. Sexual Health in Men With Traumatic Spinal Cord Injuries: A Review and Recommendations for Primary Health-Care Providers. American Journal of Men’s Health, 2018; 12(6): 2044–54. Doi: https://doi.org/10.1177%2F1557988318790883

Publicado

2021-08-28

Como Citar

Sousa, A. R. de, Vilas Boas, A. R. de S., Almeida, Éric S., Santos, S. D. dos, Silva, N. S. B. da, Borges, C. C. L., & Santos, D. G. (2021). Demandas masculinas para o atendimento na atenção primária . REVISA, 10(3), 551–560. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/370

Edição

Seção

Artigo Original