História de vida de egressas do sistema prisional

Autores

  • Maria Liz Cunha de Oliveira
  • Beatriz Brandão de Araújo Novaes
  • Joyce Karen Rocha Alves Pereira
  • Maria Aparecida Penso

Palavras-chave:

Pesquisa em Psicologia, Egressos do sistema prisional, História de vida

Resumo

Objetivo: Relatar o desenvolvimento do trabalho de campo com uso do método história de vida com mulheres egressas do sistema prisional do Distrito Federal e RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento Econômico). Método: Trata-se de relato de experiência enfatizando os aspectos dessa vivência por meio de ferramentas originárias de estudos do método história de vida. Apresentam-se os caminhos adotados ao longo do desenvolvimento da coleta, registro e análise das informações, utilizando a observação participante e entrevista clínica. Seguiu-se o padrão cíclico do método proposto por Gaulejac, no qual os dados obtidos foram repetidamente aprofundados por outras observações e análises. Resultado: As técnicas utilizadas mostraram-se valiosas para a revelação psicológica. Conclusão: As vivências na entrevista clínica foram momentos ricos em aprendizado e investigação, percebendo a amplitude da influência que as dimensões psicossociais têm no cotidiano e comportamentos humanos. O desenvolvimento da habilidade do olhar da psicologia social pode aperfeiçoar as práticas de saúde.

Referências

Barus-Michel J. O sujeito social. Belo Horizonte: Puc Minas; 2004.

Gaulejac, V. O sujeito face à sua história: a démarche “romance familiar e trajetória social”. In: Takeuti NM, Niewiadomski C. Reinvenções do sujeito social: teorias e práticas bibliográficas. (pp. 61-73). Sulina; 2009.

Gaulejac, V. A Neurose de Classe: trajetória social e conflitos de classe. Via Lettera; 2014.

Le Grand JL. Histórias de vida – Relatos de vida. In: Barus-Michel J, Enriquez E, Levy A(Coords.). Dicionário de Psicossociologia. Climepsi Editores; 2005. pp. 275-280.

Gaulejac V. O sujeito face à sua história: a démarche “romance familiar e trajetória social”.In: Takeuti NM, Niewiadomski C (Orgs.). Reinvenções do sujeito social: teorias e práticas bibliográficas. Sulina: 2009. Pp. 61- 73.

Bertaux D. Metodologia do relato de vida em sociologia. 2009.

Carreteiro TCO. Vidas fazendo história e construindo histórias de vida. In: Conferência dada como Aula Inaugural no Programa de Pós graduação em Psicologia Clínica e Cultura da Universidade de Brasília. Braília; 2012. pp. 32-46.

Helpes SS. Depois das grades: trajetória de mulheres egressas do sistema prisional. [Tese]. Universidade Federal de Juiz de Fora; 2019. Disponível em: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/123456789/10186

Silva AP, Barros CR, Nogueira MLM, Barros VA. “Conte-me sua história”: reflexões sobre o método da história de vida. Mosaico: estudos em psicologia. 2007; 1(1), 25-35.

3. Spindola T, Santos R da S. Trabalhando com a história de vida: percalços de uma pesquisa(dora?). Revista da Escola de Enfermagem da USP [Internet]. 2003 Jun [cited 2020 May 1];37(2):119–26. Available from: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/rvCVnHXs6RSXnK7vBgDGL5t/?format=pdf&lang=pt

Nogueira MLM, Barros VA; Araujo ADG, Pimenta DAO. O método de história de vida: a exigência de um encontro em tempos de aceleração. Pesqui. prát. psicossociais. 2017; 12(2): 466-85.

Gaulejac V. El proyecto parental. In: Gaulejac V, Marquez SR, Ruiz ET(Orgs.). Historia de vida: psicoanalisis y sociología clínica. Universidad Autónoma de Querétaro; 2005.

Angotti B, Salla F. Apontamentos para uma história dos presídios de mulheres no Brasil. Rev História de Las Prisiones. 2018; (6): 7-23.

Bucher-Maluschke JS, Silva JC, Souza IB. Revisão sobre o presídio feminino nos estudos brasileiros. Psicologia & Sociedade [Internet]. 2019 [citado 2 jul 2022];31. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2019v31216159

Borges J. Encarceramento em massa. In: D. Ribeiro (Coord.). Pólen; 2019.

Santos T, Vitto RCP. Levantamento nacional de informações penitenciárias: Infopen mulheres. Brasília: Departamento Penitenciário Nacional, Ministério da Justiça; 2014.

Silva AD. Mãe / Mulher atrás das grades: a realidade imposta pelo cárcere à família monoparental feminina [publishedVersion na Internet]. [local desconhecido]: Universidade Estadual Paulista (UNESP); 2014 [citado 2 jul 2022]. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/123964

Diniz D, Paiva J. Mulheres e prisão no Distrito Federal: itinerário carcerário e precariedade da vida. RBCCrim[Online]. 2014 [13 june 2022]; 22(111): 313-29. http://bdjur.tjdft.jus.br/xmlui/handle/tjdft/21084

Diniz D. Pesquisas em cadeia. Revista Direito GV. 2015; 11(2): 573-86.

Cerneka HA. Homens que menstruam: considerações acerca do sistema prisional às especificidades da mulher. Veredas do Direito. 2009; 6(11): 61- 78

Centro de Estudos Legales y Sociales [CELS]. Mujeres em prisión: los alcances del castigo. Ministério Público de la Defensa de la Nación, Procuración Penitenciaria de la Nación de Buenos Aires (p. 35). Siglo XXI Editores; 2011. https://www.cels.org.ar/web/wp-content/uploads/2011/04/Mujeres-en-prision.pdf.

Dos Santos IG, Da Silva IP, Masullo YA. Mulheres no cárcere: Uma revisão de literatura sobre a realidade das mulheres encarceradas. Geopauta [Internet]. 7 out 2020 [citado 2 jul 2022];4(3):255-73. Disponível em: https://doi.org/10.22481/rg.v4i3.6837

Cunha EL. Ressocialização: o desafio da educação no sistema prisional feminino. Cadernos CEDES [Internet]. Ago 2010 [citado 2 jul 2022];30(81):157-78. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0101-32622010000200003

Rojas-Cavanzo DA, Benkelfat-Perafán K, Mora-Antó A. Narrativas acerca de las relaciones familiares en mujeres en situación de reclusión carcelaria. Rev. latinoam. cienc. soc. niñez. juv. 2016; 14 (1): 273-286.

Goffman E. Manicômios, prisões e conventos. 7ª ed. Perspectiva; 2005.

Cabral YT, Medeiros BA. A família do preso: efeitos da punição sobre a unidade familiar. Revista Transgressões.2015; 2(1): 50-71.

Daltro MR, Faria AA. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia [Internet]. 4 jun 2019 [citado 2 jul 2022];19(1):223-37. Disponível em: https://doi.org/10.12957/epp.2019.43015

Publicado

2022-07-04

Como Citar

Oliveira , M. L. C. de, Novaes, B. B. de A., Pereira, J. K. R. A., & Penso, M. A. (2022). História de vida de egressas do sistema prisional. REVISA, 11(2), 244–257. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/253

Edição

Seção

Artigo Original