Mortalidade pelo infarto agudo do miocárdio no Brasil: 1996- 2017

Autores

  • Linconl Agudo Oliveira Benito
  • Adriano Alves Nunes

Palavras-chave:

Mortalidade, Epidemiologia, Infarto agudo do miocárdio, Brasil

Resumo

Objetivo: Analisar a mortalidade pelo infarto agudo do miocárdio (IAM) no Brasil nos anos de 1996 a 2017. Método: Estudo epidemiológico, exploratório, descritivo e quantitativo. Os dados foram extraídos junto ao Serviço de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS). Foi realizada análise estatística descritiva. Resultados: Foi identificado o universo de 1.592.197 registros, com média e desvio padrão de (72.373±12.999,9). O ano de 2016 registrou a maior preponderância com 5,9% (n=94.148) e 1996 a menor com 3,5% (n=55.900). A maior preponderância se constituiu de 59,1% (n=940.552) pessoas do sexo masculino, 25,6% (n=407.340) possuíam entre 70 a 79 anos, 54,7% (n=871.319) possuíam cor/raça branca, 45,5% (n=725.234) eram casados, 20,7% (n=328.981) possuíam de 1 a 3 anos de escolarização, 55,6% (n=885.368) tiveram o registro de óbito no hospital. Conclusão: Foi identificado aumento na frequência de registros de óbito por IAM no recorte geográfico e histórico analisados. 

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Publicado

2023-02-06

Como Citar

Benito, L. A. O., & Nunes, A. A. (2023). Mortalidade pelo infarto agudo do miocárdio no Brasil: 1996- 2017. REVISA, 12(1), 124–141. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/186

Edição

Seção

Artigo Original