Autoavaliação negativa do estado de saúde entre adultos no Brasil

Autores

  • Flávia Carvalho Rocha
  • Cátia Suely Palmeira
  • Tássia Teles Santana de Macêdo
  • Claudete Dantas da Silva Varela

Palavras-chave:

Autoavaliação, Avaliação em Saúde, Saúde do Adulto, Epidemiologia Descritiva

Resumo

Objetivo: Descrever a autoavaliação negativa do estado de saúde entre adultos no Brasil no período de 2011 a 2020. Método: Estudo ecológico descritivo de série temporal realizado com dados secundários oriundos da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). As variáveis consideradas foram: ano, região de residência, capitais, sexo, idade e escolaridade. Resultados: No período ocorreu uma redução das taxas de adultos brasileiros com autoavaliação negativa do estado de saúde. A região Norte apresentou o maior percentual de autoavaliação negativa de saúde (3,9%). A frequência de autoavaliação negativa do estado de saúde foi maior nas mulheres (4,9%), entre as pessoas na faixa etária de 65 anos ou mais e em adultos com menor escolaridade (7,5%). Conclusão: As mulheres, adultos com mais idade e com menor grau de escolaridade tem uma maior autoavaliação negativa de saúde

Referências

Bezerra PCL, Opitz SP, Koifman RJ, Muniz PT. Percepção de saúde e fatores associados em adultos: inquérito populacional em Rio Branco, Acre, Brasil, 2007-2008. Cadernos de Saúde Pública, 2011; 27(12), 2441–2451. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2011001200015

Hamplová D, Klusáček J, Mráček T. Assessment of self-rated health: The relative importance of physiological, mental, and socioeconomic factors. PLoS One. 2022;17(4):e0267115. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0267115

Mihailovic N, Simic-Vukomanovic I, Sunjka ML, Zivanovic S, Milicic B, Milicic V. Self-Assessment of Health among the Citizens of Serbia in the Transition Period. Iran J Public Health. 2021;50(4):756-763. Iran J Public Health. 2021;50(4):756-763. doi: https://doi.org/10.18502/ijph.v50i4.600

Barbosa REC, Fonseca GC, Azevedo DSS, Simões MRL, Duarte ACM, Alcântara MA. Prevalência e fatores associados à autoavaliação negativa de saúde entre trabalhadores da rede municipal de saúde de Diamantina, Minas Gerais. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 2020; 29(2). https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000200013

Cachioni M, Cipolli GC, Borim FSA, Batistoni SST, Yassuda MS, Neri AL, Paúl C. Factors Associated With Positive Self-Rated Health: Comparing Older Adults in Brazil and in Portugal. Frontiers in Public Health, 2021; 9:650294. https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.650294

Sousa JL, Alencar GP, Antunes JLF, Silva ZP. Marcadores de desigualdade na autoavaliação da saúde de adultos no Brasil, segundo o sexo. Cadernos de Saúde Pública, 2020; 36(5), e00230318. https://doi.org/10.1590/0102-311x00230318

Santos JAF. Social class, territory and health inequality in Brazil. Saúde e Sociedade, 2018; 27(2), 556-572. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170889

Antunes JLF, Chiavegatto Filho ADP, Duarte YAO, Lebrão ML. Desigualdades sociais na autoavaliação de saúde dos idosos da cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2018; 21(suppl 2). https://doi.org/10.1590/1980-549720180010.supl.2

‌Petarli GB, Salaroli LB, Bissoli NS, Zandonade E. Autoavaliação do estado de saúde e fatores associados: um estudo em trabalhadores bancários. Cadernos de Saúde Pública, 2015; 31(4), 787–799. https://doi.org/10.1590/0102-311x00083114

Andrade GF, Loch MR, Silva AMR. Mudanças de comportamentos relacionados à saúde como preditores de mudanças na autopercepção de saúde: estudo longitudinal (2011-2015). Cadernos de Saúde Pública, 2019; 35(4). https://doi.org/10.1590/0102-311x00151418

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios–2007. Rio de Janeiro 2004. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/2044-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios

Szwarcwald CL, Damacena GN, Souza Júnior PRB, Almeida WS, Lima LTM, Malta DC, et al. Determinantes da autoavaliação de saúde no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2015; 18(suppl 2), 33–44. https://doi.org/10.1590/1980-5497201500060004

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2011: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde; 2019.

Carmo ME, Guizardi FL. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cadernos de Saúde Pública, 2018; 34(3), e00101417. https://doi.org/10.1590/0102-311x00101417

Andrade FCD, Mehta JD. Increasing educational inequalities in self-rated health in Brazil, 1998-2013. Plos One, 2018; 13(4), e0196494. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0196494

Santos GGS, Santos MD, Costa JGR, Albuquerque TIP, Teles CPS. Avaliação da orientação familiar prestada a usuários de uma Unidade Básica de Saúde no município de Lagarto. Research, Society and Development, 2022; 11(4), e59111427786. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27786

Santos EC, Couto BDM, Bastone ADC. Fatores associados à autoavaliação negativa da saúde em idosos cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde. ABCS Health Sciences, 2018; 43(1), 47-54. https://doi.org/10.7322/abcshs.v43i1.999

Figueiredo ACMG, Macedo MLC, Cunha DF, Santos DS, Cabral NES, Gomes-Filho IS, et al. Autoavaliação da condição de saúde da população baiana. Revista de Saúde Coletiva Da UEFS, 2017; 7(3). https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v0i0.2114

Souza Muniz GCM, Arcanjo FPN, Silva MAM, Melo ES, Sousa AJC, Muniz CFF. Hipertensão e diabetes na estratégia saúde da família: uma reflexão sobre a ótica dos determinantes sociais da saúde. Brazilian Journal of Development, 2022; 8(5), 34172-34184. https://doi.org/10.34117/bjdv8n5-100

Silva VH, Rocha JSB, Caldeira AP. Fatores associados à autopercepção negativa de saúde em mulheres climatéricas. Ciência & Saúde Coletiva, 2018; 23(5), 1611–1620. https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.17112016

Zanesco C, Bordin D, Santos CB, Muller EV, Fadel CB.. Factors determining the negative perception of the health of Brazilian elderly people. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2018; 21(03):283-292. Doi: https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.170210

Belém PL, Melo RL, Pedraza DF, Menezes TN. Self-assessment of health status and as-sociated factors in elderly persons registered with the Family Health Strategy of Campina Grande, Paraíba. Rev Bras Geriatr Gerontol, 2016; 19: 265-76.

Pavão ALB, Werneck GL, Campos MR. Autoavaliação do estado de saúde ea associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e morbidade na população: um inquérito nacional. Cadernos de Saúde Pública, 2013; 29(4), 723-734. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400010

Gumà J. What influences individual perception of health? Using machine learning to disentangle self-perceived health. SSM - Population Health, 2021; 16, 100996. https://doi.org/10.1016/j.ssmph.2021.100996

Publicado

2023-01-21

Como Citar

Rocha, F. C., Palmeira, C. S., Macêdo, T. T. S. de, & Varela, C. D. da S. (2023). Autoavaliação negativa do estado de saúde entre adultos no Brasil. REVISA, 12(1), 112–123. Recuperado de https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/177

Edição

Seção

Artigo Original